A Escola Portuguesa
Eis as crianças vermelhasNa sua hedionda prisão:Doirado enxame de abelhas!O mestre-escola é o zangão.(...)Contemplam de quando em quando,E com inveja, Senhor!As andorinhas passandoDo azul no livre esplendor.(...)Como querem que despontemOs frutos na escola aldeã,Se o nome do mestre é — OntemE o do discíp'lo — Amanhã!(...)Gravai na vossa lembrançaE meditai com horror,Que o homem sai da criançaComo o fruto sai da flor.(...)Deixai ver o Sol doiradoÀ infância, eis o que eu vos peço.Esta escola é um atentado,Um roubo feito ao progresso.(...)Isto escolas!... que índecênciaEscolas, esta farsada!São açougues de inocência,São talhos d'anjos, mais nada.
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