Escola a Ler

sexta-feira, 8 de abril de 2011

ACORDO ORTOGRÁFICO - Para comprender o porquê da mudança na ortografia portuguesa

ACORDO ORTOGRÁFICO


“Até ao início do século XX, a língua portuguesa não obedecia a nenhuma ortografia oficial. Reinava, pois a arbitrariedade ortográfica, com a adoção de vários critérios, uns mais afins à fonética, outros mais simpáticos à etimologia, sem deixar de haver também casos em que o critério adotado era pura e simplesmente estético. (Lisboa Editora, 2011, p. 168)

“Durante a Idade Média, a escrita era sobretudo fonética.

Durante o Renascimento, alguns estudiosos recorreram ao latim e ao grego para definir uma regra escrita, ou ortografia, com base na etimologia.” (Prada, 2010)

“Só com a implantação da República, em 1910, parece ter chegado uma intenção de ordem e de renovação, concretizada no contributo de prestigiados filólogos de então, os quais se empenharam decididamente na reforma ortográfica da língua. Assim, em 1911, Gonçalves Viana tinha já preparada uma importante reforma ortográfica para promulgação oficial em Portugal, à revelia do Brasil, que, apesar do número imensamente superior de falantes da língua, não foi consultado para tal reforma. Naturalmente, o Brasil não aceitou nem adotou os preceitos ortográficos portugueses de 1911.

A partir de então, a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras levaram a cabo várias iniciativas tendentes a encontrar critérios verdadeiramente linguísticos para a unificação das duas ortografias vigentes.” (Lisboa Editora, 2011, p. 168)

“Durante todo o século XX foram várias as tentativas, entre Portugal e o Brasil, para se chegar a uma ortografia comum. Essas tentativas ocorreram em 1931, 1943, 1945, 1971/1973, 1986 e 1990. Nestas últimas duas tentativas participaram já os novos países africanos, emergentes da descolonização portuguesa.” (Casteleiro & Correia, 2008)

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Casteleiro, J. M., & Correia, P. D. (2008). Atual o novo acordo ortográfico. Lisboa: Texto.





Lisboa Editora. (2011). Da teoria à prática ensino do português. Lisboa: Lisboa Editora.





Prada, E. (abril/junho de 2010). E se alguém perguntar pelo acordo ortográfico? destacável Noesis nº 81, p. 2.

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